Páginas

22/08/2009

A Águia Rebelde de V.M.Rabolu 1de10

ÍNDICE

* PRÓLOGO
* INTRODUÇÃO
* CAPÍTULO I - A ÁGUIA REBELDE
* A Concentração -Transmutação das Forças Cósmicas - As Conjurações
* CAPÍTULO II - OS DETALHES E A MORTE EM MARCHA
* A Concentração - O Caminho Iniciático
* Os Corpos Solares
* CAPÍTULO III - OS SETE CENTROS
* Os Hidrogênios e as cores do Mercúrio
* O Arcano - A Morte em Marcha
* O Fogo Sagrado - A Meditação
* O Desdobramento Mental - A Concentração
* CAPÍTULO IV - A INICIAÇÃO E AS PROVAS
* Os Detalhes - A Morte em Marcha - A Família
* Os Três Fatores da Revolução da Consciência
* A Prova de Irene - O Cristo Íntimo
* CAPÍTULO V - A PRIMEIRA MONTANHA
* Os Corpos Solares - As Iniciações de Fogo As Provas - Os Detalhes - O Eu Causa
* A Humanidade Já Julgada
* Despertar a Consciência da Alma
* O Machismo e a Mulher
* CAPÍTULO VI - A SEGUNDA MONTANHA
* Os Corpos de Ouro ou Existenciais do Ser - O Nascimento do Cristo e a Lei dos Sete
* A Tríade - A Limpeza da Consciência
* CAPÍTULO VII - A TERCEIRA MONTANHA
* Quando a Águia Traga a Serpente
* As Iniciações de Luz
* CAPÍTULO VIII - PERGUNTAS SOBRE AS TRÊS MONTANHAS
* O Elixir da Longa Vida - O Cristo
* A Lei de Entropia e as Oitavas - A Humildade
* CAPÍTULO IX - CONCENTRAÇÃO E MEDITAÇÃO
* A Dualidade - A Meditação - Os Koans
* O Desdobramento Astral
* O Desdobramento Mental - O Relaxamento - As Cadeias - O Arcano
* CAPÍTULO X - PERGUNTAS FINAIS

PRÓLOGO

Esta primeira edição da obra denominada A ÁGUIA REBELDE, não é uma obra a mais das escritas pelo V.M. Rabolu. É o produto de uma necessidade premente, na qual a humanidade, confundida e desorientada no labirinto das teorias, encontra uma esperança que lhe dará a força necessária, para impulsioná-la até a conquista do Ser.

A presente obra tem origem numa série de entrevistas feitas com o V.M. Rabolu por estudantes da Gnose, provenientes do Velho Mundo (Europa), na qual o Mestre, no seu afã – para que a humanidade inteira receba guia e orientação mais simples que contribua na compreensão profunda do trabalho com os três fatores da revolução da consciência – expõe, de forma pedagógica, em seu estilo muito singular, nove temas que, por sua vez, nesta obra, serão distribuídos em dez capítulos.

A elaboração do texto foi com base na transcrição das fitas magnéticas, nas quais foram gravadas as exposições feitas pelo Mestre, no qual, em dita elaboração, foi feito um minucioso trabalho, confrontado com o Mestre, até compreender o inaudível e pouco claro que houvesse na fita, resultando deste trabalho um texto cem por cento original.

O V.M. Rabolu, na criação da Grande Obra, demonstrou ser uma ÁGUIA REBELDE, porque os fatos o confirmam. Sua obra não foi cimentada com base em teorias, senão em fatos.

Num princípio, como discípulo do V.M. Samael, foi, desde então, um inconformado consigo mesmo. Não ficou contemplando e admirando a teoria, senão foi diretamente à prática, para "não engolir conto de ninguém". Dedicou-se a experimentar na "própria carne" o ensinamento do V.M. Samael, através do esforço investigativo e, graças à sua tenacidade e rebeldia, conquistou a sabedoria, que muito humildemente ele nos expõe através do ensinamento, compilado neste livro.

Esta obra, amigo leitor, não é uma a mais para acumular teorias, para nos conformar em lê-la, senão para que sigamos seu exemplo e nos tornemos rebeldes contra tudo o que obstaculize o nosso desenvolvimento espiritual, fazendo desta, uma obra de fatos, baseada na experiência vivida.

INTRODUÇÃO

Eu havia dito, na Síntese das Três Montanhas, que não ia escrever mais, porque a gente lê e não sabe estudar. Porém, vendo-me na necessidade, por um livro que editaram em El Salvador , um livro que dá horror vê-lo, vejo-me obrigado a editar este livro, para orientar e desaprovar totalmente esse outro livro, porque causa angústia ver os erros ou horrores que inseriram nesse livro.

Esse livro não foi escrito assim, senão, a transcrição dos cassetes... O quem o fez, seria um inimigo? Ou seria com más intenções que o fez, para me lançar uma ducha fria? Porque aí isso não justifica a inserção desses grandes erros ou horrores nesse livro.

De modo que, pois, esclareço que este livro é editado, já vendo a necessidade de esclarecer o conteúdo, para que não confundam esta ÁGUIA REBELDE editada na Colômbia, com a de El Salvador, porque a de El Salvador não serve para nada.

Joaquín Enrique Amórtegui Valbuena

V.M. RABOLU

I - A ÁGUIA REBELDE

V..M. Rabolu – Vamos aproveitar esta vinda de vocês, porque eu estou fazendo muita força pela Europa, porque a Europa, pois, tem muita maturidade. As essências estão muito maduras. Então, temos que aproveitar, para ver se desperta alguma, ainda que seja uma. Já com uma me dou por bem servido.

Pergunta – Da Holanda lhe trazemos duas cartinhas, uns cartões de Natal e uma pequena águia...

V.M. – A águia, sim, essa é o símbolo do Mestre Rabolu, a Grande Águia. O Mestre Rabolu se apresenta na forma de uma águia gigantesca. O Mestre me chamava A ÁGUIA REBELDE, porque, de verdade, nestas questões esotéricas, temos que ser rebeldes contra nós mesmos, contra tudo, contra tudo.

Temos que ser um revolucionário completo, para poder adquirir algo, porque passivamente não se pode. Revolucionário contra si mesmo, contra todas as coisas do mundo que, como eu lhes tenho dito aqui, por exemplo: À natureza não lhe convém que nós nos liberemos. Por quê? Porque ela foi ensinada a dominar, a mandar; e quando alguém se libera, então é que começa a dominar a natureza. Então não lhe agrada.

Então, por isso ela se rebela contra nós, e por quê? Porque já se é um organismo que lhe faz falta, uma célula, uma molécula dela. Então ela, pois, se ressente.

Então, que faz a natureza? Pôr-nos brinquedos aqui como crianças. Todas as coisas do mundo são brinquedos que nos põe a natureza. Tudo, em geral, tudo, para nos entreter aí e não nos recordemos de nos liberar, de jogarmos a última carta, porque, temos que jogar a vida e o que nos cabe, o que nos diz respeito, para alcançar a liberação. Do contrário, não se consegue nada.

Ser um rebelde contra a natureza e contra tudo, para poder verdadeiramente dar um passo pela liberação, do contrário não se consegue nada! Passivamente não se consegue nada, nada!

Pois o Mestre, por exemplo, o Mestre escreveu todas as suas obras, deu-nos a orientação para chegar à sabedoria; porém, não nos entregou a sabedoria. Deu-nos todas as chaves, sim, para chegar à sabedoria. Porém, então, para chegar à sabedoria é por si mesmo, por esforço próprio, que é o que eu estou fazendo agora, ampliando muito o ensinamento do Mestre, sob minhas investigações que faço, para lhes tornar mais fácil a liberação ou o entendimento do que cada um tem que fazer.

Todo o ensinamento do Mestre é muito extenso, muito profundo. Porém, então, ele abarca tudo. Porém, faltou-lhe detalhar. Por quê? Pelo fator tempo dele. Não? Não tinha tempo.

Vejam que nós somos uma Junta aqui, e nos vemos ou estamos sobrecarregados de trabalho. Ele estava só, o que me parece muito heróico, dar conta de todas, escrever obras, dar o ensinamento, tudo isto. Não, não, não!... Parece-me muito valente!

Eu admiro o Mestre Samael. Admiro-o, porque aqui somos uns quantos e não alcançamos, não conseguimos. Em troca, ele estava só.

P. – Permita-me perguntar-lhe, neste sentido, porque nós vivemos... Não vamos nos comparar com o senhor ou com o Mestre Samael – nem arrisco – porém, também nos absorve tanta coisa que temos que fazer, porque temos que traduzir livros, temos que estar atentos em tantas dificuldades que resultam.

V.M. – Sim, isso é duro. Não é nada, por exemplo, alguém dizer: "Eu sou o Diretor do Movimento!". Meta-se a trabalhar para que veja você quantas coisas lhe aparecem diariamente, diário, de problemas, de tudo. É muito duro isso!

P. – Porém, qual é a chave aí, para ainda se trabalhar também para dentro?

V.M. – Olhe, eu lhes dou um conselho. O Mestre sempre fala de dedicar a cada coisa o seu momento. Temos diferentes atividades no dia, não? Que variam. Então, isso que dizia o Mestre, "dedicar a cada coisa o seu momento", quer dizer concentração no que se está fazendo. É uma concentração.

Que você tenha, por exemplo, no dia, cinco atividades, suponhamos, diferentes. Você escolhe a primeira, a mais importante. Começou essa. Não estar pensando na outra que tem que seguir, não? Está entendendo? É uma concentração no que se está fazendo na primeira. Terminou essa, passou à segunda; já à terceira, à quarta, à quinta, assim em sucessiva ordem. E isso é concentração no que se está fazendo. Porque, muitas vezes, nos tornamos máquina, fazendo uma coisa e pensando em outra coisa. Então está mal. Então a mente se enreda toda aí, não faz nada, não lhe rende.

É melhor coisa por coisa. Isso é o melhor para nós e a gente se vai educando, para que no dia em que diga: "Vou para meditar ou vou para me concentrar", com facilidade o fazemos, porque nos vamos educando. No trabalho diário nos vamos educando.

P. – Isso vai junto. O senhor disse que nos cabe jogar tudo. Chega um momento em que temos que jogar também o trabalho físico?

V.M. – Sim, sim!

P. – Porém, quando se sabe que já chegou esse momento?

V.M. – Temos que aplicar uma frase que a têm as religiões, porque as religiões a exploram: dízimo e primícia. Dízimo é Deus. Primícia, primeiro. Primeiro Deus, e depois o demais.. Entendido? Primeiro o nosso trabalho íntimo e depois, o que sobre de tempo, para os demais. Porém, primeiro nós.

Por exemplo: Você está dando uma conferência a um público. Você não se identifica com as pessoas; esteja atento em você mesmo, para ver se assomou um elemento psíquico, de orgulho, de ira, de vaidade, de alguma coisa. Não se esquecer de si mesmo. Primeiro Deus. Temos que aplicar essa frase sempre.

Comentário – Existem épocas em que se pega esse fio da recordação; porém, chega um momento em que se pensa que já o pegou e se foi. Porém, demora-se para voltar a...

V.M. – É pela nossa falta de trabalho, falta de trabalho! Mais concentração no que se está fazendo. Então, está fazendo uma prática, por exemplo, de desdobramento astral, não pense você na meditação, não pense na comadre, no compadre, nem no negócio, não! Estou saindo do meu corpo aí, e sai com facilidade. Porém, o mal é que estejamos fazendo uma prática e pensando em outra coisa. Aí está o nosso problema.

Temos que aprender a concentração no que estamos fazendo; por isso, nas atividades do dia, devemos estar concentrados no que estamos fazendo. Quando vamos fazer uma prática, também já estamos acostumados, educados para nos concentrar no que estamos fazendo. Com facilidade o fazemos.

Eu, por exemplo, muitas vezes me atiro na cama, e aos cinco minutos já estou fora. Cinco minutos. Porém, isso é pura prática; tenho-a desde anos atrás. Pura prática. Por isso o Mestre confiou muito em mim; por esse motivo, porque, toda prática que me dava, eu já lhe dava o resultado no dia seguinte. No dia seguinte entregava-lhe o resultado do que me havia ensinado à tarde ou à noite. No outro dia eu lhe entregava o resultado.

Por que eu o fazia com facilidade? Pela concentração, porque estou educado para a concentração; e da concentração para a meditação é um passinho.

Você está concentrado num objeto, num sujeito, num lugar ou no que seja. Ponha a dualidade a esse objeto no qual você está concentrado. A dualidade. Fez isso, e já ficou a mente em branco. Já !

De modo que é questão de se educar. Educação, nada mais. Sem meter esse misticismo, essa coisa tão horrível, que eu não sei... Eu, ao fanático, tenho pavor, sim, porque um fanático não serve para bom nem para mau. Não serve para nada. Aqui é revolução! Nada de passividade, de fanatismo, não! Ao macho, como diz o mexicano, ao "puro macho!".. Meter-se sem medo, e se vai adiante porque se vai!

P. – Mestre, esta vocalização da vogal "O". Isso, quando alguém o faz, é também para se concentrar e tratar de sair em astral? Com isso serve?

V.M. – Não! A concentração serve para sair em astral, porém, no que se está fazendo. Por exemplo: Eu me concentro no meu coração para me desdobrar; porém, concentrado no coração e digo: Vou me desdobrar! E prum! Rapidíssimo.

P. – Porque, se já se vocaliza, perde-se a concentração?

V.M. – Já! Há distração da mente.

P. – Essa vocalização, a estamos fazendo vinte minutos diários. Isso pode ser prolongado, fazê-la tempo mais longo, ou não vale a pena?

V.M. – Pode ir prolongando. É que, oxalá, todo mundo desenvolva a intuição.

P. – Pode-se ir fazendo, por exemplo, mais tempo diário?

V.M. – Sim, pode fazê-lo.

P. – Uma hora?

V.M. – Sim, pode fazê-lo uma hora, sem começar a forçar o corpo, porque aí está o problema: Começar a forçar o corpo. Então vem a dor de cabeça, sim, mal-estares.

P. – Porém, essa vocalização, não em combinação com outras práticas, senão separado?

V.M. – Não, não, o "O". Concentração no coração. Imaginar que esse disco começa a girar.

P. – Não em combinação com meditação nem nada disso?

V.M. – Não, não, não!

P. – E se pode fazer, por exemplo, lavando a mobília, o "O"?

V.M. – Já há distração. Já está querendo atender a dois senhores duma vez e não se pode. Melhor, a cada coisa se dedica seu momento.

C. – Eu notei que, fazendo a meditação às cinco da manhã, dá bom resultado.

V.M. – É que nas horas da manhã está a atmosfera mais tranqüila. Sempre a madrugada é melhor para as práticas, até que a gente já se torne prático. Porém, para começar, é melhor de madrugada, para toda prática, para toda.

P. – Mestre, se nos concentramos, por exemplo, para uma prática, sinto que naquele que se concentra há ambição nessa concentração. É um ego. Então, suponhamos, é por isso que não nos dão resultado também?

V.M. – Não. É a concentração mal feita. Toda prática que é dada pelo Mestre necessita da concentração.

P. – E como podemos fazer para não nos deixar levar dessa concentração, que é de um ego de ambição, de querer fazer, de querer conseguir?

V.M. – Querer é poder. Temos que lutar. Aí não se recorde você do ego, senão, faça o que tem que fazer, nada mais. Sim?

P. – Mestre, na Alemanha temos um rapaz, ele é turco, e no outro dia ele expôs, num fogueio, que ele tem constantemente dor de cabeça, porque ele faz essa concentração...

V.M. – Força-se! Observe que o Mestre fala de práticas. Prática do arcano, prática do desdobramento, prática de meditação, prática de concentração, tudo, por que a gente quer começar sempre como Mestre, abusar, não? Então vêm as doenças.

Então, temos que nos ir educando pouco a pouco. Vai se aumentando o tempo gradualmente, à medida que se avance, sem se prejudicar. Porém, existem pessoas às quais lhes dá dor de cabeça, porque se forçam. Então, não fazem nada, não fazem nada!

P. – Tenho uma pergunta que lhe fazem do Centro Gnóstico. Querem saber se esta prática da transmutação das forças cósmicas é feita num só sentido, ou seja, da cabeça aos pés, ou é feita também dos pés, ou seja, da terra ao cosmos?

V.M. – Imaginem que isso é um fio de luz que invade nosso organismo. Imaginar que da terra transmitem suas forças para cima, para o cosmos; e de cima, do cosmos, também para baixo.

P. – Porém, primeiro um e depois o outro?

V.M. – Sim, claro.

P. – E também querem saber que duração devemos dar a esta prática e qual é a hora mais apropriada?

V.M. – Não se lhe põe tempo, pelo motivo de que aí está o problema do qual estava falando para ele. Ir se educando pouco a pouco, à medida que se vai agüentando mais. Quanto mais se pratica, vai-se agüentando mais tempo. Então, cada um vai medindo o tempo de cada um.

P. – Porém, temos também a questão de ter os pés, assim no solo, como os tenho agora, ou podemos tê-los cruzados?

V.M. – Não, é melhor assim e descalço, porque o calçado é um isolante.

P. – Porém, se é sobre a cama, essa também é um isolante?

V.M. – É um isolante de todas as maneiras. Melhor, em terra.

P. – Ou seja, sair ao campo?

V.M. – Em terra, em terra é melhor, claro!

P. – Essa prática a tem o senhor ao final da Fase A. Porém, poderia ser dada antes?

V.M. – Pode ser dada antes. É que as pessoas querem algo prático e vamos é para nos meter duma vez em algo prático. Essa, a podem dar na Fase A, a qualquer um, sim; isso não...

P. – Porém, primeiro numa direção e depois em outra?

V.M. – Sim, claro!

P. – Se, quando nós, Mestre, fazemos esta prática, estamos beneficiando a natureza?

V.M. – Estamos beneficiando a nós.

P. – Bem, também; porém, é com relação ao que o senhor falou no princípio, de que o Mestre Samael também diz que o trabalho é rebelar-se contra a natureza. Porém, se nós fazemos esta prática...

V.M. – Sim, porém, nesse caso servimos de transmissor de duas forças, transmutador, melhor, de duas forças. Não? Sim, somos um instrumento aí, nada mais. Já ao passarem as forças cósmicas pelo nosso organismo e ao havê-las recebido da terra, há um benefício para nós.

P. – Porém, acontece o seguinte, na Alemanha nota-se que o sol está picando muito, pela questão do ozônio.

V.M. – Porém, é que não há necessidade de fazê-la ao sol.

P. – Não é bom fazê-lo ao sol?

V.M. – Não. Pode ser debaixo de uma árvore. Sim.

P. – É melhor que se faça essa prática diariamente, porque não se tem tempo para sair ao campo todos os dias.

V.M. – Não. Eu, onde vivo, a duas horas daqui, é uma granjazinha média, eu faço minhas práticas aí.

P. – Estamos falando das práticas. Outra prática que temos na Fase A, é o Belilin.

V.M. – As conjurações devem ser dadas rapidamente, porque é que quando uma pessoa entra no Movimento, que já está decidida, então vem o ataque, tanto dos egos dela, como das entidades externas.

C. – Porém, a nós, na Holanda, nos dá muito trabalho explicar isso, porque as pessoas lá se burlam muito dessas coisas; porém, queremos obedecer à ordem.

V.M. – Sim, é que essa é a arma. Essa é uma arma que se entrega ao estudante ou ao aspirante, para que se defenda.

P. – Na Espanha também existem muitos instrutores que preferem atrasar, dar as conjurações mais adiante.

V.M. – Bem, também. Porém, as conjurações são uma coisa que devemos ensiná-la quase em primeira ordem.

P. – Ou seja, que seu conselho é que se dêem no princípio da Fase A?

V.M. – Sim, porque temos que entregar essa arma para que se defendam, porque a loja negra ataca em seguida.

P. – Na Alemanha temos bastante testemunho do bom resultado com as conjurações, porque vem depois e dizem que tiveram muito bom resultado.

V.M. – Sim, sim, é que a conjuração é quase o primeiro que se deve entregar.

P. – A nós aconteceu, e errando um pouquinho por isso, porque as pessoas, a princípio, parece que não o assimilavam bem. Não? Então dizíamos: "Vamos entregá-las um pouco mais tarde". Porém, já as tivemos que entregar, porque as pessoas, em comentários, diziam que estavam recebendo ataques. E tive que entregá-las já.

V.M. – Claro, claro!

P. – O que, sim, vimos, que é muito importante, a forma de explicar as conjurações, porque, se se explica assim, a vôo, de repente, às pessoas lhes soa à fantasia, à coisa, a muita gente. Então a forma de lhes explicar é muito importante.

V.M. – Sim.

P. – Outra dificuldade que temos nisto. Vamos foguear a pessoa num grupo. Diz-se-lhe: "Olhe, explique como você faz a concentração”. E vem com uma conferência. Porém a gente lhes diz: "Porém, não façam conferência, expliquem a prática”.Porém, isso é tão difícil para ser explicado pelas pessoas. O senhor nos poderia fazer, algum dia, um fogueio, para vermos como é que é?

V.M. – Olhe, eu penso foguear aqui nos dias em que vocês estejam aqui, com muito prazer. Eu não quero perder tempo. Sim, eu não quero perder o tempo.

P. – A que horas o faz?

V.M. – Nós o fazemos já quase à noitinha. Já todo mundo deixa o serviço, não trabalha mais nos escritórios, então nos reunimos aqui. Para isso compramos umas lâmpadas, para os fogueios, porque, como a luz se vai, para nós não perdermos o tempo, e foguearmos.

P. – Mestre. Voltando de novo às conjurações. Para mim a conjuração é uma arma. Quando vejo que as pessoas são "mariposeadoras", eu a uso, porque com isso se define a pessoa. Não sei se estou fazendo bem...

V.M. – Não. Sim, porque há um choque de duas forças; se há uma pessoa muito negativa e todas essas coisas, ao conjurá-la, sai ou se alinha. Uma das duas.

Nenhum comentário: